domingo, outubro 28, 2007

Olá,

Faz muito tempo que não escrevo. Creio que seja o mesmo tempo de que eu não dou uma trepada. Tantas foram as coisas que deixei de fazer. Primeiro eu deixei de ir a balada e por conseqüência foram-se as drogas e as fodas, restaram apenas seqüelas e irritações que na verdade não é porra nenhuma se comparado à genética raivosa do meu ser. Sei que meu poder de criação diminuiu muito. E minha paciência; onde foi parar?! Porém minha cultura oriental aumentou muito. Vi tantos animes que só consigo ver violência e perversão. Um mundo cheio de idiotas só que com menos robôs. No meu caso, que vivo no Rio de Janeiro, robô ainda é coisa de filme de Kubrick, porém violência e perversão têm um requinte de crueldade muito peculiar e pedofilia é mais um peido no meio desse lixão. Vendo tanta podridão, constato que sou apenas um débil fumante compulsivo que largou o bacanal para se juntar aos arrombados do sistema. O fist fuck capitalism é a única pratica que tenho exercido e dinheiro é a droga que da onda de verdade. Porém faz tempo que tenho sofrido de uma bruta abstinência, não sei o que é ter grana. Agora me encontro assim: peidando frouxo porque passaram a pica em mim. Dividas são fantasmas, espíritos ruins enviados por satã. E com mais uma pirocada me acabo todo borrado. Afundado na merda, sem dinheiro, careta, punhetando e agulhando quem vejo pela frente, vou levando, vivo mais um dia como se amanhã pudesse ser melhor.

terça-feira, outubro 16, 2007

Olhar vazio, bem longe
Estranho, perdido
Indiferente e solitário
Entorpecidos e injetados
Olhos que não estão mortos
Guiados corações secos e negros
Nada sagrados
Foram guardados
Selados e enviados
Sem nenhum cuidado
Tratado como um trapo
ADEUS!!!
Frio e embranquecido
Quase um morto-vivo
Olhos amarelos
Nada vazio, somente
Perdido, pedindo
Um pouco de paz. CALA A BOCA!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, outubro 11, 2007

Cara, os dias estão passando
Nem tão rápido como imaginávamos
Vai-se tempo, vida, prazeres
E você...
Que faz aí
Mergulhado no ocioso tempo
Contratemporal Cannabinol
Lento, utópico e nauseante
Lendo e escutando as mesmas coisas
Falando as mesmas merdas
Viajando sobre seqüelas
Ao qual diz saber que não sabe
O que disse, o que vai dizer
Em tal claustrofobia
Fumaça intoxica
Sobra catarro, papeis e baseados
Gibis e vídeos de Sadô
Rir-se da metamorfose ambulante
É tudo muito chato
É ultrapassado
Mas é Kafikaniano
É a merda da vida
Dos dias, da tia e da vizinha
Da minha surdez repentina
Que surtiu numa cólera
Social Agonia reflexiva
Chapado!!!
Destruí o quarto
Come to daddy
O culpado, não foi eu
Tão pouco foi baseado
A base de baseados
Sem fatos nem dados
Observadores presentes
Observadores na Transmetropolitan
A cidade do pecado
Na cabeça de Miller
Poderia ser o Rio de Janeiro
Ontem tive um sonho
Nele estava Exu
No alto do morro
Corcovado
E o porco de Alan Moore
Falando como um lorde
Reunia um piquete com todos
Contra todos
Malditos Comunistas
Propagandistas do ócio
Contratemporal Cannabinol
Dos futuros nerds
Que um dia vão dominar o mundo
Sujo e vazio
Habitados por zumbis
Nem tão diferente como aqueles
Com quem nós já vivemos
E mais um dia passa
E se acumula papel
Cheio de catarro.