segunda-feira, novembro 27, 2006

Os objetivos esquecidos pelo tempo faminto não serão regurgitados. Assim como os anseios e delírios dos errantes e malditos que são sucumbidos pela cólera, tão poucos serão defecados. O galo da vizinha perturba o quente e úmido bafo da madrugada calada e solitária. Continua assim, cacarejando e irritando o sono da vizinhança. Destorcendo os ponteiros do tempo perdido pelos errantes e malditos que mesmo esquecidos travam a batalha diária do reconhecimento do ser ou não ser igual a você. Seria lindo se fosse possível sentar e admirar a vida dos certos e belos caretas criados em provetas, escorregar pelo ralo sujo dos momentos felizes dos errantes, malditos e descontentes que respiram consciência. Beleza imperfeita da certeza paciente, totalmente careta e crente, retardada pela sociedade cheia de deficiência. Sem ideais e genitais, o comunismo-capitalista obriga a ser igual aos certos e belos alienados e felizes com seus narizes sujos e tortos.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Olhos de prata


Já faz tempo que não me olhas olhos de prata
Quando contemplarei a abóbada de diamantes
Celeste, não saberia dizer se é azul ou branco
Afirmaria olhos de prata reluz incandescente
Nas noites frias de vento úmido e quente
Fria e largada como se encontra agora
Esperando por um alguém e não uma brisa
Noturna e solitária sob uivos de cachorros
Abandonados como corações congelados
Que a tanto não admira os belos olhos de prata
Tristes, perdidos, errantes e o nada do nada
Para confortar os seres que um dia virarão pó
Sob as observações dos olhos de prata
Que viu tantas gerações ruir-se
Caindo em desgraças e baladas
E ainda assistirá a essa se tornar o ícone do nada

segunda-feira, novembro 13, 2006

old school Mazé ( 2005 )


Saudoso tolo

Reencontrar velhos amigos é muito bom
Quando se está num lugar onde todas
As lembranças vem como um tufão
Como posso sentir-me tão bem com tão pouco ?
Amigos são amigos e a cerveja faz o todo
É tudo tão simples... e... faço questão de que
Tudo fique tão difícil
É quando acordo e vejo o quanto sou idiota
O segredo de tudo são boas companhias
Sem importar lugar, a marca da bebida.
E poder sempre recordar
Todas as muitas histórias boas e tolas....
Que me faz um idiota!!!

FILHOS DO MUNDO SEM...
Filhos do mundo sem ideologia

Não há Marx, Bakunin ou Guevara
Nem Jazz, nem Rock , Punks ou Rastas
Tudo voce pode comprar
Todos voce pode xingar
Jesus encomendouum carregamendo de HK
De Stalin para Hitler
Ele queria realmente se vingar...hahahaHahaha
Jesus , judeu...fudeu....matou...perdeu
Numa onda acida dos purpuras sesentistas
Seguida da onda futil de brancos idealistas
Marx, Lenin e Guevara
Jesus , Lennon e Frank Sinatra
Positivismo é anarquismo de fumadores de haxixe
Paz, amor, flores e poder para os negros
Classe média cristâ-judaica curxificada pela
Ignorância da miséria da filosofia divina
Guerra das imagens e consumo
Quem tem a veia mas espessa que a minha
Minha cabeça desliga quando a tv liga
Coca em todos os lados , Coca na Santa Ceia
Coca para os hippies, punks e afins
Coca para os comunas, anarcos e tupis
Coca pra mamãe , pro papai e pra vovó
Todos estão mais loucos que Van Gogh
Satanás veio a terra pra convidar Madre Tereza de Calcutá
A conhecer a India e se penalizar por lá
Ferida aberta na cabeça do povo Brasileiro
Tranca rua e as esquinas do inferno rotineiro
Pedófilos Capitalistas de pele rosada
Levam no cú pasta base para Malásia
Passa pela India pra encontrar Krishna
Os arianos pagãos da trindade cristâ
cuidado com o trabalho para Ogâ
Filhos do mundo sem ideologia
Loucos e tolos, drogados pela rotina
Herois de gibis, herois de papel]
Papel para te fazer forte como o heroi
Num mundo sem idologias...vc pode vomitar
Toda sua anarquia...
Basta recordar que não se tem nada a perder
tão pouco ganhar... papel, papel e papel
dineiro, coca é papel...papel para escrever
papel para esquecer.... não se tem nada a perder
não há idiotas filosofando e pensadores cagando
Consuma a falta de ideologia e mate seu idolo
ele é a unica razão de sua força....

sábado, novembro 11, 2006



O dia que eu encontrar o diabo lhe darei um belo chute no rabo.
O mesmo faria com Deus se não preferisse berrar bem alto:
_ SOU ATEU!!!



Longe de tudo e todos contemplo o nada
Junto de tudo e todos contemplo o nada
No inferno ou no céu continuarei a contemplar
O Nada.




Vendo lisérgicamente os detalhes da vida Vivendo conscientemente a falta dela Sentindo temerosamente os sabores mais diferentes proporcionados por ela Vida me seduz Tentando agarrá-la não consigo Descobri que tudo é Nada.

sexta-feira, novembro 03, 2006

meninos e meninas

Na esquina da alameda com a rua do cemitério, jovens vestindo preto, bêbados de vinho barato sob coturnos surrados com unhas e olhos pintados procuram amor. Baixo o negro céu da metrópole cinza e suja de noites quentes em botequins cheios de viciados. Nomes e artes estranhas estampadas nas camisetas pretas dos Toreadores errantes das praças públicas dos subúrbios calados de casas coloridas e santos em altares de luzes vermelhas. Cheiro de urina nas calçadas de toda cidade de jovens perdidos e desiludidos que bebem vinho barato e cantam melancolicamente canções divertidamente fúnebres nos deprimentes encontros nos bares, no cemitério ou nas esquinas. Sob as tumbas, orgias, drogas e melancolia e vida e onda e corpos decrépitos de odores nauseabundos cheio de sexo mórbido dos poucos pelos pubianos. Corpos entrelaçados, bocas e genitais tais quais em caixas de carne fresca e experiências dolorosas de prazeres bizarros das noites na esquina da alameda com a rua do cemitério onde pára o velho do opala verde musgo que procura jovens de dezesseis anos bêbados de vinho barato com calças apertadas que nada interessam as meninas drogadas de cabelos tingidos de cor vermelho sangue.Meninos querem fazer amor, meninas querem fazer amor. Meninos e meninas parados na esquina suja fedendo a urina. Esperam por algo, alguma coisa, alguém que leve que pague que chupe que faça que mate, mate a careta realidade dos dias ensolarados dos subúrbios de gordas falantes da metrópole distante das cores da vida dos pobres e errantes pais dos jovens perdidos que nos dias são filhos e nas noites são bandidos prostituídos que nada e ninguém sabe ou finge não saber.