segunda-feira, outubro 23, 2006

estranhos

Estranho não é o mundo em que vivemos
Estranhos somos nós tentando ser sendo
Bizarro é ligar o causo a conseqüência
Dos erros meus dos erros teus de todos erros
Nenhum acerto na hora certa nenhum medo
Mundo estranho em sua mente crente e contente
Não tente ser consciente na realidade banguela
Dos fatos sem casos de todos os casos que estão fora de fato
Acerte algo que esteja em sua frente
Armas legumes e salsicha enlatada
Risos, choros, gargalhadas continuam não me dizendo nada.
Tudo pode ter na realidade banguela do Deus caolho
Míope e cariado fedendo a cigarro todo amarelado
Estranho sou eu sendo eu vendo você ser você e todos
Na merda constante perneta flutuante de muletas
Barrigas alimentadas vestindo trapos
Nas ruas fedidas e cagadas por farrapos
Estranhos andando, correndo, falando e vivendo.
Normais e iguais na morte e na fome
Vagabundos ociosos na praia segunda feira
Pedalando de sunga azul cruzando ruas no Centro
No táxi cocaína pico com pica maconha recaída
Do outro lado da rua tem muita gente
Estranhos e estranhas são todos iguais
Velha travesti moribunda gorda varicosa
Deixa eu te chupar meu nego
Venha cá garotão
Chupa minha bucetinha e vai pro caralho
Estranho não é o mundo
Estranho é você
Estranho sou eu tentando entender você que tentou me entender
Não conseguiu não consegue nada consegue nada de nada
Quando tudo é possível no mundo banguela do Deus caolha
De pernas curtas e barba tosca encrespada e amarelada
A boca fedida cheia de dentes e outra boca um sorriso
Podre tudo podre e engraçado motivos para piadas
Calados punheteros dominando o mundo
Rabos comidos em banheiros públicos
Jovens e velhos e o pinto menino
Puta de cabeça chata cantarolando irritantemente
Estranhos seres que perambulam pelo dia
Estranhos são seres da noite que nada são
No dia de São João e Santo Antonio muitos balões
Fogo em todo lado céu cheio de fagulhas coloridas

Beleza beleza a morte chega. Pa-pum.

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