sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Observar

Olhos de prata estão a observar, seus loucos movimentos feitos, cheios de defeitos e encantos na noite em que o homem é apenas um homem. Pele de cobre, bronze reluzente sob a luz incandescente das chamas da enorme fogueira que no meio de tudo se encontra.
No meio de tudo está, em volta do todo, cabelos encrespados, um pouco cacheados, suados e gozados de prazer e dor, na noite dos movimentos loucos, com pele de cobre, no meio de tudo, cercado pelo todo, entrelaçado e firme feito aço, corpos observados pelos olhos de prata. Seus movimentos são os meus movimentos, e juntos movimentamos um mundo. Particular, peculiar, ele é só meu; nosso talvez. O mundo que não existe o dia, o mundo dos olhos de prata, o planeta dos seres errantes e pensantes que travam a batalha incessante do encontro e desencontro com o homem que é apenas um homem. Quando olho olhos de prata, diz minha cabeça, como é belo “o diamante do tamanho do Hitz”. Na noite em que não se tem nada a fazer e nenhum homem que é apenas um homem pode ser homem, sim, pode ser errantes e pensantes na noite em que não existem homens. O vírus cósmico pensante que destrói uma única mãe, e que se encontra apodrecida pelos efeitos do homem que é apenas um homem e não são vírus cósmicos pensantes. Olhos de prata tudo observa, olhos de prata não se regeneram, olhos de prata verá o mundo cair em desgraça, como tantas outras vezes em que o homem que é apenas um homem esqueceu-se de ser vírus e todos seus movimentos feitos, cheios de devoção, o gozo que é uma oração. Pele de cobre lustrados com suor dos cabelos crespos e encaracolados das partes baixas do homem que é apenas um homem e faz tanto mal. Sendo homem sendo vírus sendo o principio da destruição e o prelúdio da ilusão o homem que é apenas um homem sob os olhos de prata que aquece a noite fria do homem que quer ser apenas um outro homem.

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