segunda-feira, novembro 27, 2006
Os objetivos esquecidos pelo tempo faminto não serão regurgitados. Assim como os anseios e delírios dos errantes e malditos que são sucumbidos pela cólera, tão poucos serão defecados. O galo da vizinha perturba o quente e úmido bafo da madrugada calada e solitária. Continua assim, cacarejando e irritando o sono da vizinhança. Destorcendo os ponteiros do tempo perdido pelos errantes e malditos que mesmo esquecidos travam a batalha diária do reconhecimento do ser ou não ser igual a você. Seria lindo se fosse possível sentar e admirar a vida dos certos e belos caretas criados em provetas, escorregar pelo ralo sujo dos momentos felizes dos errantes, malditos e descontentes que respiram consciência. Beleza imperfeita da certeza paciente, totalmente careta e crente, retardada pela sociedade cheia de deficiência. Sem ideais e genitais, o comunismo-capitalista obriga a ser igual aos certos e belos alienados e felizes com seus narizes sujos e tortos.
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